Cuidado com seus olhos!
Apaixonam-se por mentiras...
São como dois pimpolhos,
Numa masmorra de Hidras.
Vê aquele mural?
Ele não é tão quente,
Nem tão tridimensional,
É tão somente,
Uma imagem banal.
Mas os olhos...
Ah, os olhos...
Acham deslumbrantes,
As moças na foto,
Pois não viram o antes,
O passado lhe é ignoto.
Amam a cinderela...
Pelos dentes menos amarelos,
Pela pele mais amarela,
Pela olheira que mente,
Pele alisada em abrasão,
Pelo furinho ausente,
Pelo aparato de manipulação.
Não te abandonarias,
Sem ideias fecundas...
Ao vivo elas podem ser frias,
Ou muito mais profundas,
Saia da caverna que assombra,
Não se contente com sombras,
Saia! Não coma farelo!
Lá fora é muito mais amarelo...
Leo Perovano
2006
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