Equilíbrio

De cor cinábrio,

Roxo bem intenso,

Procurando equilíbrio,

Ideias duais condenso.

Nem vermelho...

Nem azul...

Olho o espelho,

Enxergo tu.

Estou por cima,

Me invejas,

Continuo minha rima,

Enquanto bafejas.

Estou por baixo,

Me chutas,

Réplica encaixo,

E não escutas.

Humildade,

Sou quem sou,

Ajo de verdade,

Minha alma eclipsou.

Não sou casto,

Meu id, dito cujo,

Restos de holocausto,

Da qual fujo.

Não sou morno,

Não me ludibrio,

Não procuro um contorno,

Apenas me equilibro.

2006

(Image: 4chan.org)

(Poetry: Leo Perovano)