15 de jan. de 2011

AMOR DE VERÕES












AMOR DE VERÕES


Amores de carnaval não são reais,
Iniciam-se em meio ao caos,
Afundam ao sair do cais,
Perdem-se entre naus.

A eros excedem o apreço,
A ágape depreciam o pobre,
Vendo essência amadureço,
Valorizando o mais nobre.

Ficar no ciclo crendo em karma,
Sair do circo apreendo a arma,
Obsessessoras, todas mortas,
Escrevendo certo por linhas tortas.

Bom dia flor do dia!
Amor é como uma 'roça' de rosa,
Não há lugar para a apatia!
Aqueça almas em polvorosa...

Decisão, não há quem mele!
Paixão, não há quem espere!
Emoção! A flor da pele!
Coração! Não há...

Há apenas você!
Toda linda! Toda boa!
Pessoa linda, pessoa boa!
Vai entender...
Isso não finda, isso não enjoa!

Desde sempre me disseram,
Amores de verão não duram,
Deve ser porque sempre tiveram,
Casinhos rasos que se penduram.

Lendo Morais, quero uma amada,
E é sublime vê-la aceitar,
Mais amor, menos paixões,
É menos triste a caminhada,
Quando enfim encontrar,
O seu amor de verões...


Leonardo Perovano

2011

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