10 de mar. de 2011

Ódio Alheio











Tudo que entra, sai.
Se não sai acumula.
Pior do que gordura,
Algo que o trai,
é acúmulo de ódio.

Se esquenta uma hora queima,
Se esfria uma hora congela,
Deixe de teima,
Largue de balela.

Fogo demais gera pó,
Tempo de quarentena,
No deserto, a tentação,
Diabo cheio de gogó,
De ódio envenena,
Te leva a perdição.

Ser contrário,
A descriminalização,
Da discriminação.

Ser a favor,
da reflexão,
sobre o verdadeiro Criador.

Deixe a energia fluir,
Senão tudo irá ruir,
Tente (Não significa que conseguirá),
Mudar, transformar,
Alterar a frequência,
Não ficar na carência,
Negativa para positiva,
Energia viva,
Amor, não ódio alheio,
Só não deixe a força parada,
No meio.



Leonardo Perovano

10-03-2011

8 de mar. de 2011

Vocês são um big bang!








Não sei falar português,
Não sei fazer poesia,
Não sou nenhum burguês,
Não esbanjo simpatia.

Só sei que um já fui,
E dessa vez, explodi de um ovo,
Tudo fácil, tudo flui,
Assim que nasci de novo.

Este segundo nascimento,
Ocorreu quando minha explosão cessou,
Menos sentimento e mais discernimento,
Paixões acabando e a razão chegou.

Razão de existir.
Ainda não achou a sua?
Ainda não está a rir?
Simplesmente não achou sua lua.

Minha parceira explodiu,
E eu aprendendo inglês,
Patience, Ele pediu,
Calma, vai chegar sua vez.

Um dia vai saber do que falo,
Enquanto sua expansão estagnar,
A energia gerada no retorno,
Não mais escorrerá pelo ralo,
É luz infinita a iluminar,
É branco ardente ao seu entorno.

Não tenho mais nada a falar
Agora, adeus.
Meu big bang também está a retornar,
A Deus.


Leonardo Perovano

24-01-2011

Você Viu Ana?









Poucos a veêm, perdida entre irmãos,
Quatro mulheres e dois homens,
Completa a sétima filha de coração,
Entre alguns famosos outros somem.

Villa, a irmã mais velha,
Serra, a irmã mais alta,
Cariacica, a índia que aconselha,
Vitória, a mais rica que se exalta.

O também indígena Guarapari,
Participa dos que tem predileção,
Tão pacato como aquela ali,
Apenas há o irmão Fundão.

Porém de rica história,
de batalhas e invasão,
a fizeram assim, pouca memória,
dos seus tempos de ascensão.

Quente, simples, exuberante,
para aqueles que a conhecem,
Clima povo natureza cativante,
Bons momentos prevalecem.

Quando ver Ana, irá querer um abraço,
Vivi com ela momentos primaveris,
Um bom papo e me satisfaço,
Veja Ana, ela é simples, mas feliz!


2010

Livro deste Mundo (A Livra)







Parada e quieta num canto,
Com seu jeito e seu encanto,
Apenas olhando, estática,
Com sua postura simpática.

Quem a vê ali parada,
Não imagina nada,
Da imensa revolução,
Que habita seu coração.

Como livro de simples capa,
Que ao lê-lo você escapa,
Dessa vida convencional,
Dessa sociedade normal.

Sobre o livro fique crente,
Que ele habita este mundo,
Mas que não é pertencente,
Ao lado supérfluo e imundo.

Que continue na humildade,
Que busque a verdade,
Mas para melhorar esteja certa,
Não deixe o interior mudo,
Fique com a capa aberta,
E mostre seu conteúdo.

1998

1 de mar. de 2011

Sobre um Romance

Recentemente vi uma comunidade no orkut que dizia ‘Viver é escrever sem borracha’. Não sei a origem dessa frase, mas concordo com a premissa. Pagamos e recebemos por tudo o que fazemos ou deixamos de fazer em nossas vidas, e o mais assustador: não dá para apagar! E para viver um romance, a premissa é similar. Não dá para voltar atrás nas coisas que fez ou deixou de fazer. Pecamos pelo excesso, mas também pela omissão.



E acho que para escrever ‘sobre’ romance o ideal é escrever ‘em forma’ de romance. Destacando apenas que os fatos e personagens aqui descritos são fictícios, qualquer semelhança com a vida real é mera coincidência.



Pálido. Era como sentia meu coração. Uma pessoa tão intensa como sempre fui, andava vivendo uma serenidade estéril que incomodava. Buscava nas inúmeras amizades momentos de acalento que evitam fazer meu coração parar de vez. E resolvia, mas só como paliativo. Havia meu grupo de amigos do videogame, um clube do bolinha onde nos uníamos para jogar conversa fora, matar uns aos outros na tela da tv ou fazer alguns gols fictícios. Havia um grupo de amigas onde ia para conversar a respeito de relacionamentos, religião, assistir filmes e preparar jantares. Também era divertido.



Era fim de ano, reveillon chegando e surgiu um convite de minha irmã para uma festa em uma cobertura perto da praia. Pelo entusiasmo dela e pelas pessoas interessantes e inteligentes que estavam na lista de convidados me pareceu ser uma excelente opção. Convidei até um amigo que não via há muito tempo, um cantor competente que era exímio na arte do diálogo e diversão.



Mas tinha um porém. Esse porém é que é o centro dessa história. No grupo de amigas dos jantares, havia uma que estava começando a não ser apenas uma amiga, e eu sentia o mesmo interesse da parte dela. O problema vai ser que depois que enviar este email, não poderei voltar atrás, talvez eu esteja gostando de uma outra forma de você, e isso é um problema, acho que se diminuirmos nossos encontros, as borboletas na minha barriga irão ficar quietas, irei morrer de saudades dos cafés da manhã aqui em casa.



E isso realmente é um problema, porque como dito no início, pagamos e recebemos por tudo o que fazemos ou deixamos de fazer. Palavra dita não volta, só se modifica. O que fazer em um caso como esse? Diminuir as visitas? Acabar de vez com as visitas? Aumentar as visitas?



O diálogo é figura central nesse dilema, não dá para imaginar o que vai acontecer sem conversar de verdade e tomar uma decisão. Se uma pessoa lhe convida para sair, não dá para saber se vai ser bom ou não se você não for. A não ser que já tenha ido diversas vezes com essa pessoa e sempre tenha sido ruim ou monótono. E mesmo assim ainda pode estar errado.



Um dos fatos mais limitadores que vivemos é que sempre estamos prontos para dizer não. Desejamos encontrar um amor, mas quando nos convidam para um evento onde este possível amor vai estar, rapidamente encontramos um outro compromisso ou até passamos mal de tão graves que são nossos medos.



Se quer viver um romance, fica a dica: viva um romance. Nem que seja platônico. Não existem romances de faz de conta. Os romances só os são porque são verdadeiros. Não viva vários, porque serão curtos demais e não merecerão o título de romance. Viva um longo, que dê gosto, prazer de relembrar, mesmo das dificuldades e desafios superados, mas que seja intenso o suficiente para virar uma história épica interessante.


Não diga que ama. Ame!

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