Neste período de preparativos para o carnaval, muitas indagações nos vêm à mente: ‘Aonde irei passar as festividades?’, ‘Com que grupo?’, ‘Sozinho ou acompanhado?’, ‘Na gandaia ou num retiro?’.
Muitas são as perguntas, e mais diversas são as respostas: ‘Sozinho na gandaia em Conceição da Barra com um grupo de amigos novos pegando geral’ ou ainda ‘Acompanhado da mulher da minha vida em um retiro espiritual em um sítio com os amigos de minha comunidade religiosa’ e por aí vai.
Alguns até são mais ousados na resolução das indagações: ‘Sozinho no retiro espiritual pra tentar pegar geral’ ou ‘Acompanhado em Guarapari de tarde tentando pegar geral à noite’.
De qualquer forma, não venho aqui fazer julgamento a respeito das infinitas perguntas e decisões pessoais que fazemos, apenas fazer uma consideração se for se relacionar com um outro ser humano nestas festividades: Amor próprio exige manutenção e ‘Eu te amo’ não é saudação.
Primeiro falei que amor próprio ‘exige’ manutenção, pois se estiver passando por um período de desvalorização pessoal, baixa auto estima ou sentimento de inferioridade, não irá se relacionar com um parceiro à altura do seu valor. Humildade é saber exatamente onde se está, e se é uma pessoa boa, não deve exigir menos do que o bom para si próprio. Então se não anda se amando, trate de olhar-se no espelho, lembrar de suas conquistas, qualidades e reparar que seus defeitos são só detalhes que o fazem único. Trate agora de soltar um sonoro e verdadeiro ‘EU TE AMO’ para si mesmo.
Segundo falei que ‘eu te amo’ não é saudação. Não diga para sua parceira simplesmente por dizer, no automático, como se estivesse dando ‘bom dia’ ou ‘boa noite’, como se estivesse saudando ao chegar ou ao se despedir.
Já olhou para si, para os pontos de admiração, conquistas, qualidades e os defeitos como característica de um ser humano único? Faça o mesmo com a pessoa que deseja se relacionar: Depois de olhá-la, pensar na personalidade dessa pessoa de forma positiva, dar um sorriso verdadeiro, admirá-la, desejá-la e ter a convicção que apesar de imperfeita você a ama, daí diga do fundo do seu coração um sonoro e verdadeiro ‘EU TE AMO’.
Na escolha da parceira, sempre esbarramos na questão da experiência versus pró-atividade. Um complementa e auxilia o outro. Pessoas com mais idade ‘geralmente’ tem mais experiência (Sabem usar sua inteligência na prática) e ‘geralmente’ pessoas mais novas são mais pró-ativas (Agem criativamente sem pesar muito as conseqüências).
A pró-atividade acende a chama, a experiência a mantém acesa. Sem um não há o outro. Como a fogueira do amor vai durar com alguém que mantém uma fogueirinha de gravetos? Como essa fogueira vai durar se jogarem um balde de álcool em algumas toras muito grossas, atear fogo e depois deixar por conta?
Nada é perfeito. Nunca encontraremos a pessoa perfeita. Encontraremos sim uma pessoa imperfeita que casa com nossas imperfeições e dialogar positivamente para evolução mútua. E o amor próprio é figura fundamental para a criação diária e manutenção de um relacionamento saudável: Se não se sente bem com alguma situação, olhe para si e avalie. Se continuar sentindo o mal da outra parte, externe para o seu parceiro. Há de sair um consenso desse diálogo: Nem que seja a manutenção da amizade e o ‘até logo’ definitivo e verdadeiro, cada um pro seu canto. ‘Eu te amo’ não é ‘até logo’. Não desperdice a maior festa do nosso país em algo que não é verdadeiro.
Seja feliz!
2 comentários:
Verdade Leo Perovano. É isso aí mesmo.
Thanks Carla! =D
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