25 de jan. de 2011

Mitocôndria










Seus pulmões não respiram,
Quem produz sua energia,
São células que te inspiram,
Mitocôndrias lhe dão o dia.

Você não nasceu sozinho,
Alguém precisou te gerar,
Te alimentar no ninho,
Fazer tu prosperar.

Marte, guerra, somos assim...
Arte da guerra que não tem fim.
Olhe ao redor, mulheres,
Valorize agora, não espere.

Para os acádios, viemos de Ea,
E perdemos nossa imortalidade,
Deve ser por turvar nossa ideia,
Durante nossos dias de mocidade.

Para os mesopotâmicos,
Nascemos como uma planta,
O que rima com mesopotâmico?
Não sei, sou mesmo uma anta!

Para os Nórdicos,
viemos de dois troncos na praia,
Conhecimento módico,
Sabedoria de gaia.

Parafraseando,
Amando,
Compondo um bem que se quis:

Por trás de uma mulher triste há sempre um homem,

infeliz.
E atrás deste homem mil mulheres, sempre tão vis.
Por isso, para o nosso bem (Homens).
Ou tome vergonha na cara ou do amor fique sem.


Leonardo Perovano

25-01-2011

24 de jan. de 2011

Vocês são um big bang!










Não sei falar português,
Não sei fazer poesia,
Não sou nenhum burguês,
Não esbanjo simpatia.

Só sei que um já fui,
E dessa vez, explodi de um ovo,
Tudo fácil, tudo flui,
Assim que nasci de novo.

Este segundo nascimento,
Ocorreu quando minha explosão cessou,
Menos sentimento e mais discernimento,
Paixões acabando e a razão chegou.

Razão de existir.
Ainda não achou a sua?
Ainda não está a rir?
Simplesmente não achou sua lua.

Minha parceira explodiu,
E eu aprendendo inglês,
Patience, Ele pediu,
Calma, vai chegar sua vez.

Um dia vai saber do que falo,
Enquanto sua expansão estagnar,
A energia gerada no retorno,
Não mais escorrerá pelo ralo,
É luz infinita a iluminar,
É branco ardente ao seu entorno.

Não tenho mais nada a falar
Agora, adeus.
Meu big bang também está a retornar,
A Deus.


Leonardo Perovano

24-01-2011

21 de jan. de 2011

Soneto da Termodinâmica














Longe de ti me encontro,
A menos duzentos e setenta,
E três graus no ponto,
Triste minha alma lamenta.

Cheiro de café me aquece,
Mesmo sem beber me fortalece,
Tocar você me esquenta,
Sobem os graus, me atenta.

Troca de energia, cerâmica,
Sou seu, me entreguei,
Termodinâmica.


Frágil, sublime, além...
Bem, foi isso que estudei,
hoje, meu bem.


Leonardo Perovano

21-01-2011


15 de jan. de 2011

AMOR DE VERÕES












AMOR DE VERÕES


Amores de carnaval não são reais,
Iniciam-se em meio ao caos,
Afundam ao sair do cais,
Perdem-se entre naus.

A eros excedem o apreço,
A ágape depreciam o pobre,
Vendo essência amadureço,
Valorizando o mais nobre.

Ficar no ciclo crendo em karma,
Sair do circo apreendo a arma,
Obsessessoras, todas mortas,
Escrevendo certo por linhas tortas.

Bom dia flor do dia!
Amor é como uma 'roça' de rosa,
Não há lugar para a apatia!
Aqueça almas em polvorosa...

Decisão, não há quem mele!
Paixão, não há quem espere!
Emoção! A flor da pele!
Coração! Não há...

Há apenas você!
Toda linda! Toda boa!
Pessoa linda, pessoa boa!
Vai entender...
Isso não finda, isso não enjoa!

Desde sempre me disseram,
Amores de verão não duram,
Deve ser porque sempre tiveram,
Casinhos rasos que se penduram.

Lendo Morais, quero uma amada,
E é sublime vê-la aceitar,
Mais amor, menos paixões,
É menos triste a caminhada,
Quando enfim encontrar,
O seu amor de verões...


Leonardo Perovano

2011
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