18 de fev. de 2011

Os Amores que Surgem no Verão







Verões, amareladas, quentes, suadas, radiantes sensações no vêm à mente. Saímos das minas, dos abrigos do inverno, da escuridão das sombras nas cavernas, para o sol, astro rei que nos governa.

Praia, areia, picolé melando a mão, trajes de banho molhados e ásperos, pele e cabelos com hidratante e condicionador, sorriso fácil, alegria.

Ambiente propício para a sedução, paixões e porque não o amor? Cuidado com os famosos amores de carnaval, pois não são reais, eles começam sempre em meio a confusões, afundam quando deveriam começar a partir e se perdem entre vários navios naufragados e tripulações à deriva.

O sexo é supervalorizado em nossa sociedade: relações promíscuas, desejos banais, insesatos corações, traição, frutas, popozudas... Qualquer um pode usar algumas técnicas básicas e conseguir milhares de paixões se quiser, mas essa opção não lhe dará a felicidade plena. Você pode escolher fugir com vários ou amar apenas um, mas para o senso comum, a alma gêmea é sempre ridicularizada e depreciada. Só através da iluminação, do amadurecimento, do cair de máscaras e enxergar a essência é que se é capaz de valorizar o sentimento mais nobre.

Uma pergunta simples como ‘Você gosta dela?’, pode significar infinitas interpretações: podemos estar com alguém por vontade de ajudá-la, por caridade, mesmo não crendo ser essa pessoa um par ideal. Essas coisas acontecem quando está em uma relação onde a outra parte não te apóia, não te ajuda, não trabalha para si mesmo e quando faz alguma coisinha, te cobra como se tivesse lhe construído um Taj Mahal.

O problema é que geralmente entramos no ciclo infinito de dependência, aceitamos o karma simplesmente e não olhamos para o nirvana, para o retorno ao jardim do éden, para o primeiro amor. Se não sairmos do circo das aparências, se não apreendermos as armas da sedução, se continuarmos acreditando cegamente em nossas idiossincrasias, se não nos blindarmos dos obssessores, jamais conseguiremos abrir os olhos da percepção para entender as linhas tortas que Deus nos escreve.

Um sábio filósofo me disse que o amor é como uma ‘roça’ de rosas, se não cuidarmos ele murcha. Não podemos deixar cair na monotonia. Precisamos de almas entusiasmadas, aquecidas e queimando dia após dia. Aprendendo a amar sua amada, desejando a cada dia aprender algo novo sobre ela, irá ver que o sentimento não finda, não enjoa.

Desde sempre me disseram que amores de verão não duram. Deve ser porque sempre tiveram casinhos rasos que se penduram. O amor anda ereto, tem uma face, quando está junto da parceira é de um jeito, quando está longe dela é do mesmo jeito, essas são algumas pistas para a busca. Procure bem que irá encontrar, pois às vezes valorizamos demais as escolhas erradas, e valorizamos de menos as escolhas certas.

Se ainda não encontrou, pode ser também por valorizar mais o verão e menos o amor. Faça uma inversão: coloque o amor no singular e verão no plural. A quantidade é inversamente proporcional à qualidade. Parafraseando um filme recente: ‘Você já viu a foto de algum pescador com 14 trutas?’. Eu já pesquei meu marlin azul. Ou fui pescado? Não quero ficar dando ‘refresh’ na internet em uma sala escura a procura da mensagem de alguém que desconheço.

Outra lembrança recente é de um abençoado padre que nos relembrou que o amor não é só sentimento, é decisão. Viver amores líquidos não é a melhor solução. Pelo menos para mim. Faça sua decisão! E aproveite ao máximo o seu verão!



2 comentários:

Dodaro disse...

Excelente texto. Orgulho de ser seu amigo! Continue escrevendo assim. Grande abraço.

Leo Perovano disse...

Valeu meu camarada! Abração e sucesso pra nós! ;D

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