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Pose são as diferentes posições que um humano consegue fazer. Quem já teve a oportunidade de fazer ou acompanhar uma sessão de fotos profissional sabe que delícia é fotografar uma modelo. Você fala um “vamos lá” e ela sai fazendo uma infinita sequencia de caras e bocas e posturas, mudando cada vez que se faz um disparo. Hoje de manhã, enquanto escovava os dentes junto com meu filho pequeno, ele falou: “Pai, me ensina a sorrir?” E deu um sorriso duro pro espelho. Queria sair bem em foto. Queria uma pose.
Para nós, homens da caverna, geralmente é sempre a mesma pose: em pé, olhando para a camera e dando um sorrisinho. Também conhecido como “eu mesmo, mas sorrindo”. Quem clica até já sabe desse limite e pede sempre o clássico “xiiiis”. Vão além, sabem como fazer para aparecer bem e usam vários truques como morder as bochechas por dentro para afinar o rosto, boquinhas entreabertas, perninhas alinhadas, etc. Parece fácil, mas para a maioria dos mortais, o repertório é bem básico.
Mas isso está mudando. Com tantas fotos sendo batidas em celulares todos os dias, o conceito de pose que originalmente pertencia ao universo da fotografia de moda, vem sendo incorporado no dia-a-dia das pessoas e nas situações mais corriqueiras como viagens, festas de aniversário e auto-retratos em banheiros. O fenômeno é tão comum que já existem as poses da moda há alguns anos, facilmente percebidas em qualquer foto de adolescente, geralmente fazendo um bico duro com os lábios enquanto projeta o queixo para frente. É o famoso Duckface ou Duckfacing. Ou as fotos em grupo dentro das lojas da Apple que até agora não consegui entender muito bem e acho que já passou. Parece que, depois do estágio 1 da foto digital (a democratização e onipresença da possibilidade do registro em sí) estamos agora no estágio 2, que é aparecer bem na foto, ou pelo menos, a intenção. Um mundo mais plástico, sem dúvida. Seja lá a interpretação que a gente queira dar para essa plasticidade. Depois do jump você confere o fenômeno numa série de gifs que mostram como tudo muda, menos o carão.
E você, já construiu o seu?
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