Um camaleão ao meu estilo,
A vida cose...
Minha maneira de sentí-lo,
Metamorfose...
Ambulante, como Raul Seixas.
Não me entendas, só me deixas.
Aproveita, pois sou bom,
Pega-me, pois eu deixo,
Comanda, dá o tom,
Arranha-me, morde o queixo.
Usa-me enquanto há oportunidade.
Não me torne uma necessidade.
Poi lembra? Sou camaleão.
Posso sumir, sou metamorfo,
Como a água escorre pela mão,
Irei sair, escaparei do seu corpo.
Abra sua cabeça como eu,
Fala-me do sentimento seu,
Irei ouvir tudo, então falarei,
Mas se abra, pois eu sei,
Que poucos conseguem escutar,
Quando uma camaleão inicia a falar...
Leonardo Perovano
1998
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